O que é Depressão?
A depressão faz com que o individuo seja acometido por uma sensação de tristeza profunda, falta de energia, desânimo e desinteresse. Dependendo do grau da depressão até mesmo as coisas que pessoa mais gostava de fazer se tornam cansativas e enfadonhas.
O que é humor psicológico? É uma espécie de “energia” que serve para realizar as atividades do cotidiano. Alguém com o humor deprimido (baixo) fica parecido com um brinquedo com baterias fracas, anda de vagar, fala pouco, apresenta baixa auto-estima e baixa autoconfiança. Já uma pessoa com humor muito elevado (mania) se sente cheio de energia, autoconfiança alta , o amor próprio vai às alturas e por vezes se sente onipotente (isso não é necessariamente bom).
Qual a diferença entre a depressão e a tristeza comum?
A tristeza comum geralmente tem um motivo claro e assim que ele é resolvido ou se consegue aceitá-lo a melancolia vai embora. A tristeza comum costuma ser passageira e transitória.
Na depressão o paciente habitualmente não consegue lembrar o que motivou a angústia. A depressão é mais duradoura e os sintomas ou sinais são mais intensos: insônia, falta de apetite, perda da libido entre outros.
Estou com depressão? Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico de depressão não é algo tão simples, isso por que ele depende do relato do paciente, entretanto existem outras doenças que apresentam sinais semelhantes, como por exemplo, a anemia e problemas neurológicos. Por isso ao ser informado de sintomas relacionados à depressão o médico psiquiatra ou neurologista comumente pede exames de sangue, eletroencefalograma e tomografia do crânio.
Tanto o médico quanto o psicólogo podem dar esse diagnóstico, no caso do psicólogo, o mais adequado é encaminhar ao médico (geralmente o psiquiatra) para que outras hipóteses de adoecimentos sejam descartadas.
Quais as causas da depressão?
De modo geral a depressão está associada a um desequilíbrio químico no cérebro causado por uma baixa quantidade de neurotransmissores como aserotonina e noradrenalina , tal desequilíbrio seria herdado geneticamente, isso explicaria por que existe uma incidência maior de sintomas depressivos em filhos de pessoas que sofrem dessa doença.
Hoje dia considera-se que a depressão (assim como outras doenças) seja uma combinação de diversos fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Passar por um momento delicado da vida, viver em um ambiente desfavorável e não possuir habilidades para lidar com os problemas do cotidiano são causas de depressão tanto quanto fatores bioquímicos. Mesmo a incidência de depressão em filhos de pais deprimidos pode ser motivada pela aprendizagem e influência do ambiente.
Sintomas de depressão
- Desânimo
- Diminuição dos movimentos, em alguns casos o doente pode ficar por dias sem levantar da cama
- Insônia ou sono excessivo
- Perda ou aumento do apetite
- Voz baixa e/ou muito lenta assim como diminuição do desejo de falar
- Diminuição da atenção e concentração
- Choro fácil e frequente
- Sentimentos de melancolia
- Sentimentos de tédio e aborrecimento
- Apatia (indiferença afetiva)
- Pessimismo
- Sentimento de culpa
- Pensamentos de morte e suicídio
A depressão sempre se manifesta da mesma forma?
Não! Enquanto em algumas pessoas a depressão causa sono excessivo em outras ela causa insônia, alguns perdem o apetite outros passam a comer demais, algumas pessoas começam a se movimentar menos e a falar pouco, outros já se apresentam agitados e falantes. O que eles têm em comum são os sentimento de vazio e tristeza.
Quais são as pessoas mais propensas a essa doença?
A depressão pode aparecer em qualquer pessoa independentemente de classe social, sexo e idade (existe depressão infantil). Ainda assim ela é mais comum em mulheres do que em homens, alguns pesquisadores creditam isso às oscilações hormonais do sexo feminino. Idosos também são mais propensos a esse problema, estima-se que 15% dos idosos brasileiros sofrem com esse mal. Alguns fatores ou características são comuns em pessoas deprimidas e por isso quem os apresenta está no chamado “grupo de risco”:
- Solidão
- Estresse
- Conflitos pessoais ou conjugais
- Problemas financeiros
- Desemprego ou subemprego
- Problemas de saúde
- Histórico familiar de depressão
Depressão tem cura?
Em alguns casos sim, porém existem outros em que se faz necessário um acompanhamento constante, porém com o tratamento adequado pode se levar uma vida normal.
Qual o tratamento?
O tratamento mais eficaz é a combinação de psicoterapia e medicamentos antidepressivos. Quando a principal causa da depressão são conflitos pessoais ou interpessoais ou ainda dificuldade em lidar com os problemas da vida, a psicoterapia mostra melhores resultados, entretanto ela não é um substituto para os remédios.
Remédios e depressão
Efeitos adversos
Medicamentos antidepressivos costumam trazer efeitos colaterais extremamente incômodos, por isso muitos pacientes se recusam em usá-los. De modo geral esses efeitos costumam passar depois de um tempo, assim que o organismo se adapta a eles. O psiquiatra que receitou o medicamento deve ser informado de todos os efeitos que eles estão tendo, dessa forma ele poderá ajustar a dose e se for o caso trocar a medicação. Remédio para depressãoé coisa muito séria e deve ser tomado apenas sob a prescrição de um médico.
Eles causam dependência?
O uso prolongado de antidepressivos não causa dependência orgânica. O que por vezes acontece é que as pessoas se escondem atrás da medicação e não enfrentam seus problemas. Dessa forma as causas da depressão continuam existindo após o fim do tratamento medicamentoso. Por isso a psicoterapia se faz necessária, nela o paciente aprende a conhecer a si mesmo, elabora seus conflitos, e aprende a controlar as emoções e pensamentos que levam a depressão. Com essa combinação a dosagem dos remédios pode ser gradualmente diminuída e os sintomas demoram mais para voltar.
Estou tomando antidepressivo e não estou sentindo melhora
Em média demoram cerca de vinte dias para que os antidepressivos mostrem o resultado desejado. Isso é claro se forem utilizados da maneira correta, seguindo a dosagem e os horários fixados. Não existem medicamentos mágicos que com uma única dose curem uma doença, remédios que funcionam assim são aqueles que mascaram sintomas como os analgésicos e antipiréticos.
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